Trump assina decreto que oficializa tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

No dia 30 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que oficializa a elevação das tarifas de importação de produtos brasileiros para 50%. A medida já havia sido anunciada anteriormente, mas agora passa a ter validade legal e entra em vigor no dia 6 de agosto de 2025.

O novo percentual representa um acréscimo de 40 pontos percentuais sobre a tarifa padrão de 10% e se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) — instrumento que permite ao presidente tomar medidas comerciais unilaterais sob alegação de “ameaça à segurança nacional”.

 

Impacto direto: aumento tarifário sobre exportações brasileiras

A decisão deve gerar efeitos imediatos no comércio bilateral. Estimativas preliminares apontam que:

  • 35,9% das exportações brasileiras aos EUA serão impactadas pela tarifa de 50%;

  • 44,6% continuarão com a tarifa padrão de 10%;

  • 19,5% permanecerão sujeitas a tarifas internacionais existentes, entre 25% e 50%.

 

Quase 700 exceções: o que não será afetado

Apesar do aumento, o decreto preserva 694 produtos brasileiros, que seguirão com tarifas mais baixas por serem considerados estratégicos para a economia americana. Entre os principais itens isentos da nova taxa estão:

  • Suco e polpa de laranja

  • Petróleo e derivados (como gasolina e diesel)

  • Minérios (ferro, estanho, nióbio etc.)

  • Fertilizantes

  • Aeronaves civis da Embraer, motores e peças

  • Celulose e madeira processada

  • Metais preciosos como ouro e prata

Esses produtos seguirão com a tarifa anterior de 10%, por serem insumos críticos para os EUA.

 

O que será taxado em 50%

Já os itens não contemplados na lista de exceções sofrerão aumento direto. Entre eles:

  • Carnes (bovina, suína)

  • Café em grão e torrado

  • Frutas tropicais, como manga e mamão

  • Produtos alimentícios processados e bebidas

A elevação da tarifa tende a comprometer a competitividade desses produtos no mercado norte-americano.

 

Contexto político e diplomático

A assinatura do decreto é mais uma etapa do endurecimento das relações entre Brasil e EUA, que vêm se tensionando desde o retorno de Trump ao poder. O presidente americano alega que o Brasil:

  • Está promovendo ameaças à liberdade de expressão;

  • Persegue empresas americanas de tecnologia;

  • E adota posições políticas e jurídicas antidemocráticas, como a condenação do ex-presidente Bolsonaro e ações do ministro Alexandre de Moraes (inclusive sancionado pelos EUA).

Reação do Brasil

O governo brasileiro reagiu prontamente e já anunciou:

  • Abertura de uma reclamação formal na OMC;

  • Avaliação de medidas tarifárias de retaliação;

  • E reforço de acordos bilaterais com Europa, China e América Latina para mitigar os danos.

O que empresas de logística e comércio exterior precisam saber

Com o decreto agora assinado, empresas que atuam com exportação/importação devem:

  • Consultar a lista de exceções completa para verificar se seus produtos foram afetados;

  • Planejar ajustes logísticos e tributários com despachantes e consultorias especializadas;

  • Considerar redirecionamento de mercado para produtos que perdem competitividade nos EUA;

  • E manter diálogo constante com fornecedores e clientes internacinal.

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